O Ibovespa disparou mais de 4% nesta terça-feira, fechando na máxima em cerca de um mês, embalado pela desaceleração mais forte do que a esperada da inflação no Brasil em março, mas também pela alta de commodities como o petróleo e o minério de ferro no exterior. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 4,29%, a 106.213,76 pontos, maior ganho percentual diário desde 3 de outubro do ano passado, quando subiu 5,5%, um dia após o resultado do primeiro turno da eleição no Brasil.
O volume financeiro no pregão somou R$ 31,85 bilhões, acima da média diária do mês (R$ 19,6 bilhões) e do ano (R$ 24,8 bilhões), também refletindo operações visando os vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, que ocorrem na quarta-feira.
O dólar à vista recuou mais de 1% ante o real nesta terça-feira, tanto pela divulgação de dados favoráveis de inflação como pela perspectiva de novas regras fiscais anunciadas no mês passado pelo ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. A moeda norte-americana chegou a oscilar abaixo dos R$ 5. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,008 na venda, em baixa de 1,14% e o menor valor desde junho.
O IPCA subiu 0,71% em março, depois de ter avançado 0,84% em fevereiro, divulgou o IBGE nesta terça-feira. Em 12 meses, acumulou alta de 4,65%, a mais baixa e a primeira vez abaixo de 5% desde janeiro de 2021. Ambos os dados foram menores que as expectativas de economistas.